quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ultimo post do ano!

Estou indo a la playa, deixando aqui todas as velharias de 2010 aqueles dias de tédio, o ultimo ano de escola, daquela viajem de formatura a ilha do mel com todo o pessoal, ficam só as fotos e lembranças de momentos tão divertidos, o primeiro porre também fica por conta desse ano, um sonho realizado o de conhecer o meu maior ídolo, esse dia lembro bem de todos os detalhes com perfeição eu não conseguia acreditar que era verdade, ah também fiz minha primeira composição com melodia neste ano, conheci muita gente nova, algumas não acrescentaram em nada, outras fazem parte de grandes histórias as quais vou contar para os meus netos, umas eu sei vão ficar perdidas nesse velho ano, outras eu espero mesmo que superem a barreira de vários anos! Eu espero tanta coisa desse ano novo sem o menor remorso por de repente estar o sobrecarregando, mas poxa eu vou pular ondinha, comer lentilha, 12 uvas e o que mais me ensinarem. O meu maior desejo pra esse ano é dar novos e longos passos em direção ao meu sonho, gostaria de ter um amor e assim não pensar mais que sou feita de lata e movida a álcool para que possa sorrir, espero que aconteçam inúmeras coisas inesperadas pois elas que me incentivam e me fazem achar graça em ainda jogar o jogo de viver, quero poder continuar sendo eu mesma acreditando em contos de fadas, duendes e na existência de pessoas boas, fazendo o que tenho vontade sem pensar em besteiras ou futilidades, quero a sabedoria das crianças, não quero perder minha essência, quero ver no sol o maior motivo para não deixar um dia triste acontecer, quero saber dar valor as coisas simples, quero momentos simples e verdadeiros acontecendo pelo menos mensalmente, quero que todo aquele que venha até mim pensando no mal sinta-se contagiado por uma onda de bem que revigora e faz brotar flores em seu coração...
Quero tanta coisa e sim acredito que vou conseguir, terei mais uma estrela colorida nesse braço ao fim desse novo ano que esta por vir e que assim seja.
Por enquanto vou recuperar forças, buscar energia na minha fonte que é o mar, vou festejar, o que vai e o que está por vir, façam isso sejam felizes, espalhem o bem, palavras de carinho, demonstrem o amor que sentem e deixem o seu lado bom a mostra, permitam-se, feliz Ano novo!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Bom Natal

Poucas coisas me animam tanto como uma véspera de Natal, mesmo esse tendo chegado tão rápido me pegando de surpresa, pois ainda é difícil acreditar que hoje é véspera de natal, sinto aquela euforia de criança a espera do papai noel, esse clima natalino em que a família toda se une, mesmo que parece um pouco de hipocrisia já que alguns passam o ano todo brigando, falando mal uns dos outros, mas tá ai, o natal vem exatamente para fazer com que tenhamos um dia pelo menos juntos de nossas famílias fazendo de conta que elas são perfeitas, família, família...
Hoje acordei meio mal com tonturas, fraqueza, ânsia de vômito, mas nada me abala num dia assim, já estou legal e pronta pra noite, ansiosa para troca de presentes, a entrega de amigo secreto, a ceia e o seu chester haha
Desejo um ótimo natal a todos, que nessa noite deixem florescer dentro de vocês aquela ansiosidade de criança a espera do papel noel, que deixem as pendencias, as 'picuinhas' de lado e permitam-se perdoar, dêem aquele abraço apertado e verdadeiro, no seu pai, sua mãe, sua vó, sua tia, seu vizinho, seu amigo, namorado, cachorro, passarinho, desejem a quem possa escutar vocês, um FELIZ NATAL! Muita PAZ, FELICIDADE, E AMOR a todos que lerem isso. ( e Papai Noel, cuida bem das nossas crianças carentes nessa noite tá? )

'Eu pensei que todo mundo,
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim – nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
— Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Caminhando sobre nuvens

Alternando entre dias de euforia, e dias na lama, sem saber o significado da felicidade, sem saber se alguma coisa dentro de mim ainda bate, se ainda sou capaz de sentir algo, esperando pelo dia em que vou me sentir viva novamente.
Isso acontece quando você cansa das frequentes overdoses, procuras inúteis por carinho ou até mesmo um pouco de compaixão, buscas sem sentido, mas a essa altura o que ainda faz sentido?
O tempo passa na velocidade da luz para se aproximar das coisas que você mais teme, eu faço escolhas sem saber, sem querer, pelo fato de ter chegado a hora de tomar um decisão.
Vejo que todo aquele álcool em excesso não chegou a ser veneno suficiente, e aquelas trocas de salivas não podem preencher o meu vazio...
Aprender a caminhar sozinho, aprender a conviver com o inserto, aprender a se sentir um nada, compreender porque você só faz sentido para você mesmo, mas sem perder muito tempo procurando respostas pra tudo isso que acontece.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A cura

Hoje você podia aparecer por aqui, e me contar algum segredo sobre a sua vida enquanto a chuva dissolve a cidade tchu ru ru tchu ru ru.
Eu não costumo me entregar assim mais sabe tem vezes em que meu orgulho perde um pouco pra saudade, pra vontade de não estar só oh oh.
 
uuuh, deixa eu sentir teu abraço, deixa eu ver teu sorriso, a tua voz me faz tão bem, que só você pra me livrar.
 
Eu fico imaginando onde você esta e onde estão os seus pensamentos, se existe alguma chance de você vir aqui, ou de te encontrar amanha, não faz parte de mim agir assim.
 
uuuh, deixa eu sentir teu abraço, deixa eu ver teu sorriso, a tua voz me faz tão bem, que só você pra me livrar.
deixa eu sentir teu abraço, deixa eu ver teu sorriso, a tua voz me faz tão bem, que só você pra me livrar, pra me livrar, pra me livrar...tristeza.
(Musica linda, de uns caras muito boa gente de Porto Alegre, Doyoulike?)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Do outro lado do arco-íris.

Já não vejo as férias como antigamente, já não vejo tantas coisas como antigamente, parece que as coisas tomaram um peso a mais, um valor diferente, e eu nunca imaginei que fosse assim estar onde estou, e como estou, por muito tempo achei que as coisas fossem simples, não sei se o erro foi ter escolhido um caminho complicado ou quem sabe a indecisão de não saber por qual caminho andar, não sei se na verdade teve erro ou se as coisas são 'simplesmente' assim. Vivi sempre na pressa de querer tudo na hora, planos grandiosos, sonhos gigantes, tão mas tão maiores que eu, da grandeza que muita gente não acredita que uma menina franzina possa carregar. Fica difícil entender que tenho uma longa caminhada pra trilhar antes de chegar ao meu pote de ouro do outro lado do arco- íris. Ao fim de um ano aquela sensação de que muitas outra coisas poderiam ter acontecido, de que deveria ter feito tantas outras coisas valer, é presente em mim, mas isso me da forças pra dar mais que o máximo de mim nesse novo ano que está por vir, e eu já sei, estou aprendendo a prestar atenção nos detalhes, e vendo assim quantos detalhes importantes eu tive nesse ano, quanta coisa diferente que eu sei que não ficará esquecida e restrita a esse ano, quem sabe quanta história ainda pode continuar, quem sabe com que frequência o tempo vai mostrar os diversos caminhos, e quem sabe por qual eu vou seguir..

domingo, 28 de novembro de 2010

Nascer de um outro dia

A tinta da caneta borra folhas em vão
Declarações romanticas
fantasiam momentos de afeição

Lágrimas verdadeiras nascem com dor
a saudade confunde-se com arrependimento
e o acaso com o amor

a chuva começa a nascer
e traser a esperança
e o que deixou de acontecer
não passa de uma lembrança

o tempo vai adormeçendo
e perdendo cor
e enquanto as som da chuva vai amanhecendo
vai nascendo um novo amor...

domingo, 14 de novembro de 2010

Peixe fora d'agua, borboletas no armário!

"Eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro.Mas eu preciso muito muito de você." (Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

only

Não falo de dor. Eu falo da angústia que é não sentir nada. Eu falo da vontade de chutar a tua porta com as duas pernas e gritar uma porção de coisas nos teus ouvidos até você acordar assustado. Isso já te faria me conhecer um pouco melhor, e saber do que eu sou capaz

 Nem tudo é como a gente quer. 

No entanto, isso não quer dizer que não é tudo que precisamos. Muitas vezes, essas coisas que a vida nos coloca pelo caminho são bem melhores do que a gente esperava. Veja bem, a hora mais bonita do dia é aquela em que o céu fica vermelho, e não azul. As mais belas noites são aquelas poucas em que a lua pega emprestada quase toda a luz do sol e a gente não precisa de lanterna pra caminhar. Exemplos não me faltam: a gente só ama o frio porque pode se envolver em mil casacos e cobertores, bem como agradecemos pelo escaldante sol de verão somente após mergulharmos num mar gelado.


" Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio. (Caio Fernando Abreu)


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Aquele vai e vem

O jeito com que as pessoas entram e saem da nossa vida, muito me assusta, tanta gente eu gostaria que permanecesse e mesmo assim tem que ir, pessoas que o tempo não me permitiu conhecer de verdade, pessoas que marcaram por motivos bons, ou nem tão bons assim, mas aquele momento, especial, engraçado, de mico, dramático, chato demais até TODOS vão estar guardados pra sempre em mim, eu espero NUNCA perder essa memória tão boa de viver. Ultimamente tantas coisas estão sendo pela ultima vez, coisas que sabemos que nunca mais vai voltar, não vai ser igual JAMAIS, até o fato de acordar todos os dias cedo que eu tanto odiava eu sei que vai deixar saudade, não ver mais aquelas pessoas que compartilharam tantas felicidades, tristezas, foram super ativos na minha vida, que eu sabia que podia contar, pessoas que despertaram em mim esse sentimento tão bonito que é a AMIZADE de verdade. O futuro é incerteza total, não saber o que se pode esperar do amanha, onde você vai estar? com quem? fazendo o que? Mas eu espero que eu e todas as pessoas que já passaram e ainda estão na minha vida, estejam sempre muito bem, eu vou viver esses dias que ainda restam com essas pessoas, eu vou viver o presente e FAZER VALER O QUE NÃO VOLTA MAIS muita coisa ainda está por vir, muita coisa ainda vai mudar, porque o que importa É CURTIR SORRINDO! 

Na real, SEJA O QUE DEUS QUISER! haha

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A onde nós vamos chegar?

Tantas coisas acontecem que os pensamentos não conseguem se equilibrar em um só momento, será que o medo vai me deixar falhar? O tempo passa e a insegurança quanto ao futuro sempre aumenta, coloco tanta força, tanta esperança nisso que não posso nem pensar na possibilidade de não.. melhor nem falar, trás sentimentos sem nenhuma explicação, e de quem é aquela voz que diz 'Vamos, vamos,siga em frente minha menina, eu sei que você consegue, eu sei!' Por muitas vezes já ouvi, mas nunca pude ver, e você sabe a primeira pessoa que vem a minha cabeça quando isso acontece? Não você não faz idéia. A sua falta sempre será uma constante em mim, e eu não posso deixar de imaginar em como seria a minha vida se você estivesse aqui, como seriam comemoradas as vitórias, de que jeito você me confortaria em todos esses momentos em que eu preciso fugir, e sobre o que você pensa de mim, pode me ver? pode me ouvir? isso é tão constante, tão constante. Quando a luz do sol toca meus olhos depois daquela noite em que tudo o que eu pude fazer foi correr até a cama pra fechar os olhos e esquecer. O sol que bate a minha janela no amanhecer vem com cheiro de esperança, que instiga a viver, viver como inconsequente, sem temer, mas tem vezes em que isso já não é o bastante, e então sinto que preciso achar a janela que vai me mostrar o caminho certo a seguir muito maior do que posso imaginar, com muito mais que um sol a brilhar.


Estou precisando das boas vibrações que o mar pode trazer.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Conflito

Tenho medo das águas do destino
a invadirem o que penso e faço,
numa linha de infinda
contradição.
Eu sou assim:
quero fugir mas chamo,
quero ficar mas me assusta
não ter em mim nada seguro
e certo.


Nunca receio a alegria,
para a qual todos os milagres
são normais.
Mas quando tarda quem amo,
meu coração fica exposto
e aberto.


E mesmo assim eu persisto,
e ainda assim espero
ainda, como criança sozinha
atrás do muro.


(Lya Luft - Para não dizer adeus)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Segundafeira

Eu sigo em frente, pra frente eu vou.
Eu sigo enfrentando a onda onde muita gente naufragou.

Vou navegar. Quem sabe exista amor escondido do outro lado.

Não custa nada tentar.


"não ha ninguem que possa te amar, não ha ninguem que possa me amar"

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O tom da nossa vida

Não sejamos demasiadamente fúteis nem medrosos, porque a vida tem de ser sorvida não como uma taça que se esvazia, mas que se renova a cada gole bebido.
Enquanto houver lucidez é possível olhar em torno e dentro de nós: um intervalo que seja entre a correria do cotidiano, os compromissos, o shopping, a tevê, o computador, a lanchonete, a droga, o sexo sem afeto, o desafeto, o rancor, a lamúria, a hesitação e a resignação.
Refletir é transgredir a ordem do superficial.
Mas se eu estiver agachado num canto tapando a cara não escutarei o rumor do vento nas árvores do mundo - que eu sempre quis tanto entender mesmo por um só dia, quem sabe o último dia. Nem saberei se o prato das inevitáveis perdas pesou mais do que o dos possíveis ganhos.

(Lya Luft - Perdas e Ganhos)

sábado, 2 de outubro de 2010

Tentei escapar e achar a saída

Poderia dizer que viver é difícil, e que seria muito mais fácil se tivesse alguem ao meu lado, a cada dia. Mas eu prefiro dizer que viver é inconstante, é não saber nada do que vai acontecer, amanha!
Só não pode temer, tem que enfrentar, cair, levantar, seguir...
E quando tento, tento fugir, não lembrar, esquecer desse vazio, e mesmo assim não consigo, fica difícil sorrir, fica difícil dançar ao som da alegria da vida, então eu me recolho dentro de mim, embaixo daquela coberta quente, tampando o vazio, tentando ameznizar o frio, esperando para que o amanha chegue, e nessas horas não tem o que hesitar, o melhor lugar é aquele que você pode chamar de lar.

"Sobre o vazio que vive em mim,
Sobre a faltaa que faz alguem,
Dos dias sem sentidoos,
Caminhos tão perdidos."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

seek, hope, pray, never cease to dream..

Depois de algo tão lindo que eu tive a felicidade de presenciar, fico aqui imaginando se um dia será eu, se ainda vou conseguir ver meu sonho se realizar.
Viro pro lado e em mais uma conversa com aquele que eu acredito que seja meu amigo, que está sempre comigo, eu peço, eu imploro, me tire tudo, não me de nada, dificulte, mas me de forças pra passar, me de toda a sorte que eu precisar pra chegar lá, e poder compreender o que eu vim até aqui buscar.

sábado, 25 de setembro de 2010

E eu sigo em frente..

Eu posso estar quebrada, ferida, e dessa vez não estou falando de sentimentos... 
A dor é fisica mesmo. Nada vai me abalar, teimosia, ooh teimosia, eu arrisco, boto fé na sorte(até mais do que deveria), vou em frente, ' E sigo por ai viajante habitante de um lar sem muros' é dificil imaginar de onde um ser tão pequeno como eu tira forças pra superar tantas travessuras que a vida me impõe, mas que bom, que bom que é assim, e a cada travessura me sinto mais forte, e o melhor de tudo é ME SENTIR FELIZ, sim eu estou feliz, estou em sintonia com o meu mundo e isso é tão bom.



Podem dizer que acabou, eu acho que nem começou! :)
Amanha 26/09 vou conhecer caras que eu admiro muito e que me fazem acreditar, que o meu sonho não é algo impossivel de se alcançar, eu também vou chegar lá! (Fresno)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Começo de Primavera

Eis que em um dia qualquer de setembro, em um começo de primavera, você sente falta de quem nunca encontrou, não conheceu, não sabe, e acha dificil imaginar qual sua forma fisica, na verdade pra você isso nem tem importancia, pois você já conhece, todos os jeitos, manias, defeitos, costumes, você pode imaginar, ele sabe a hora exata de te abraçar, ele também sabe exatamente o que falar, ai você pensa, quem sabe ele se perdeu, tá demorando tanto pra te encontrar, mas você sempre acredita que em um dia qualquer de primavera ele vai chegar, e vocês já sabem exatamente o que falar.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A poesia da vida foi esquecida

Há muito tempo
O amor é vendido em estabelecimentos comerciais, como:
Livrarias, bares, restaurantes, igrejas, lojas de conveniência, sexs shops, entre outros...


Há muito tempo
O amor é vendido em sacos plásticos embalados à vácuo e encontrado nas prateleiras das redes de supermercados, com data de fabricação, prazo de validade e serviço de atendimento ao consumidor.


As pessoas se distanciaram, congelaram, secaram por dentro, 
construíram grandes muros em torno de si mesmos...


Os amores não são mais os mesmos,
A poesia da vida foi esquecida...


Agora o mundo é cada vez mais frio, seco, calculado, mecânico, previsível
Como o processo industrial que sufocou o artesanal,
Como o idealismo transformado em apatia.


O mundo não é mais como foi um dia.


- É amigos, os tempos românticos se foram...


O amor acabou...


(André Frank)


Mas não pra mim..

sábado, 18 de setembro de 2010

Dias de luta, dias de gloria...

Perdendo a noção do tempo. 

Perdendo a noção faz tempo.



to indo viver, e viver é tão bom!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu Tenho um Dragão que mora comigo...

Não, isso não é verdade.
Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu. Ou invulgar, como imagino que os outros devam ser. Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu me encontrei, sozinho neste apartamento, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele esteve comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs áridas da ausência  dele, felizmente cada vez menos freqüentes (a aridez, não a ausência), pensei assim: Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma como precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo.


Isso me pareceu grandiloqüente e sábio como uma idéia que não fosse minha, tão estúpidos costumam ser meus pensamentos. E tomei nota rapidamente no guardanapo do bar onde estava. Escrevi também mais alguma coisa que ficou manchada pelo café. Até hoje não consigo decifrá-la. Ou tenho medo da minha - felizmente indecifrável - lucidez daquele dia. Estou me confundindo, estou me dispersando. O guardanapo, a frase, a mancha, o medo - isso deve vir mais tarde. Todas essas coisas de que falo agora - as particularidades dos dragões, a banalidade das pessoas como eu -, só descobri depois. Aos poucos, na ausência dele, enquanto tentava compreendê-lo. Cada vez menos para que minha compreensão fosse sedutora a ponto de convencê-lo a voltar, e cada vez mais para que essa compreensão ajudasse a mim mesmo a. Não sei dizer. Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais seguro, mais sereno, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.


Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada. Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentada no colo de mim. Foi essa a imagem que me veio hoje pela manhã quando, ao abrir a janela, decidi que não suportaria passar mais um dia sem contar esta história de dragões. Consegui evitá-la até o meio da tarde. Dói, um pouco. Não mais uma ferida recente, apenas um pequeno espinho de rosa, coisa assim, que você tenta arrancar da palma da mão com a ponta de uma agulha. Mas, se você não consegue extirpá-lo, o pequeno espinho pode deixar de ser uma pequena dor para transformar-se numa grande chaga. Assim, agora, estou aqui. Ponta fina de agulha equilibrada entre os dedos da mão direita, pairando sobre a palma aberta da mão esquerda. Algumas anotações em volta, tomadas há muito tempo, o guardanapo de papel do bar, com aquelas palavras sábias que não parecem minhas e aquelas outras, manchadas, que não consigo ou não quero ou finjo não poder decifrar.

Ainda não comecei. Queria tanto saber dizer Era uma vez. Ainda não consigo. Mas preciso começar de alguma forma. E esta, enfim, sem começar propriamente, assim confuso, disperso, monocórdio, me parece um jeito tão bom ou mau quanto qualquer outro de começar uma história. Principalmente se for uma história de dragões. Gosto de dizer tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade. Como eu dizia, um dragão jamais pertence a nem mora com alguém. Seja uma pessoa banal igual a mim, seja unicórnio, salamandra, harpia, elfo, hamadríade, sereia ou ogro. Duvido que um dragão conviva melhor com esses seres mitológicos, mais semelhantes à natureza dele, do que com um ser humano. Não que sejam insociáveis. Pelo contrário, às vezes um dragão saber ser gentil e submisso como uma gueixa. Apenas, eles não dividem seus hábitos. Ninguém é capaz de compreender um dragão. Eles jamais revelam o que sentem. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, às três da tarde ou às onze da noite, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro, mas é mais previsível entre sete e nove da manhã, pois essa é a hora dos dragões) sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja essa a sua maneira desajeitada de dizer, como costumo dizer agora, ao despertar - que seja doce.

Mas no tempo em que vivia comigo, eu tentava - digamos - adaptá-lo às circunstâncias. Dizia por favor, tente compreender, querido, os vizinhos banais do andar de baixo já reclamaram da sua cauda batendo no chão ontem às quatro da madrugada. O bebê acordou, disseram, não deixou ninguém mais dormir. Além disso, quando você desperta na sala, as plantas ficam todas queimadas pelo seu fogo. E, quando você desperta no quarto, aquela pilha de livros vira cinzas na minha cabeceira. Ele não prometia corrigir-se. E eu sei muito bem como tudo isso parece ridículo. Um dragão nunca acha que está errado. Na verdade, mínimo mal-educado para um humano igual a mim, é apenas parte dessa estranha natureza dos dragões. Na manhã, ira tarde ou na noite seguintes, quando ele despertasse outra vez, novamente os vizinhos reclamariam e as prímulas amarelas e as begônias roxas e verdes, e Kafka, Salinger, Pessoa, Clarice e Borges a cada dia ficariam mais esturricados. Até que, naquele apartamento, restássemos eu e ele entre as cinzas. Cinzas são como seda para um dragão, nunca para um humano, porque a nós lembram destruição e morte, não prazer. Eles trafegam impunes, deliciados, no limiar entre essa zona oculta e a mais mundana. O que não podemos compreender, ou pelo menos aceitar.

Além de tudo: eu não o via. Os dragões são invisíveis, você sabe. Sabe? Eu não sabia. Isso é tão lento; tão delicado de contar - você ainda tem paciência? Certo, muito lógico você querer saber como, afinal, eu tinha tanta certeza da existência dele, se afirmo que não o via. Caso você dissesse isso, ele riria. Se, como os homens e as hienas, os dragões tivessem o dom ambíguo do riso. Você o acharia talvez irônico, mas ele estaria impassível quando perguntasse assim: mas então você só acredita naquilo que vê? Se você dissesse sim, ele falaria em unicórnios, salamandras, harpias, hamadríades, sereias e ogros. Talvez em fadas também, orixás quem sabe? Ou átomos, buracos negros, anãs brancas, quasars e protozoários. E diria, com aquele ar levemente pedante: “Quem só acredita no visível tem um mundo muito pequeno. Os dragões não cabem nesses pequenos mundos de paredes invioláveis para o que não é visível”. Ele gostava tanto dessas palavras começadas por in - invisível, inviolável, incompreensível -, que querem dizer o contrário do que deveriam. Ele próprio era inteiro o oposto do que deveria ser. A tal ponto que, quando o percebia intratável, para usar uma palavra que ele gostaria, suspeitava-o ao contrário: molhado de carinho. Pensava às vezes em tratá-lo dessa forma, pelo avesso, para que fôssemos mais felizes juntos. Nunca me atrevi. E, agora que se foi, é tarde demais para tentar requintadas harmonias. Ele cheirava a hortelã, a alecrim. Eu acreditava na sua existência por esse cheiro verde de ervas esmagadas dentro das duas palmas das mãos. Havia outros sinais, outros augúrios. Mas quero me deter um pouco nestes, nos cheiros, antes de continuar. Não acredite se alguém, mesmo alguém que não tenha um mundo pequeno, disser que os dragões cheiram a cavalos depois de uma corrida, ou à cachorros das ruas depois da chuva. A quartos fechados, mofo, frutas podres, peixe morto e maresia - nunca foi esse o cheiro dos dragões.


A hortelã e alecrim, eles cheiram. Quando chegava, o apartamento inteiro ficava impregnado desse perfume. Até os vizinhos, aqueles do andar de baixo, perguntavam se eu andava usando incenso ou defumação. Bem, a mulher perguntava. Ela tinha uns olhos azuis inocentes. O marido não dizia nada, sequer me cumprimentava. Acho que pensava que era uma dessas ervas de índio que as pessoas costumam fumar quando moram em apartamentos, ouvindo música muito alto. A mulher dizia que o bebê dormia melhor quando esse cheiro começava a descer pelas escadas, mais forte de tardezinha, e que o bebê sorria, parecendo sonhar. Sem dizer nada, eu sabia que o bebê devia sonhar com dragões, unicórnios ou salamandras, esse era um jeito do seu mundo ir-se tornando aos poucos mais largo. Mas os bebês costumam esquecer dessas coisas quando deixam de ser bebês, embora possuam a estranha facilidade de ver dragões - coisa que só os mundos muito largos conseguem. Eu aprendi o jeito de perceber quando o dragão estava a meu lado. Certa vez, descemos juntos pelo elevador com aquela mulher de olhos-azuis-inocentes e seu bebê, que também tinha olhos-azuisinocentes. O bebê olhou o tempo todo para mim. Depois estendeu as mãos para o meu lado esquerdo, onde estava o dragão. Os dragões param sempre do lado esquerdo das pessoas, para conversar direto com o coração. O ar a meu lado ficou leve, de uma coloração vagamente púrpura. Sinal que ele estava feliz. Ele, o dragão, e também o bebê, e eu, e a mulher, e a japonesa que subiu no sexto andar, e um rapaz de barba no terceiro. Sorríamos suaves, meio tolos, descendo juntos pelo elevador numa tarde que lembro de abril - esse é o mês dos dragões - dentro daquele clima de eternidade fluida que apenas os dragões, mas só às vezes, sabem transmitir. Por situações como essa, eu o amava. E o amo ainda, quem sabe mesmo agora, quem sabe mesmo sem saber direito o significado exato dessa palavra seca - amor. Se não o tempo todo, pelo menos quando lembro de momentos assim. Infelizmente, raros. A aspereza e o avesso parecem ser mais constantes na natureza dos dragões do que a leveza e o direito. Mas queria falar de antes do cheiro. Havia outros sinais, já disse. Vagos, todos eles.

Nos dias que antecediam a sua chegada, eu acordava no meio da noite, o coração disparado. As palmas das mãos suavam frio. Sem saber por que, nas manhãs seguintes, compulsivamente eu começava a comprar flores, limpar a casa, ir ao supermercado e à feira para encher o apartamento de rosas e palmas e morangos daqueles bem gordos e cachos de uvas reluzentes e beringelas luzidias (os dragões, descobri  depois, adoram contemplar berinjelas) que eu mesmo não conseguia comer. Arrumava em pratos, pelos cantos, com flores e velas e fitas, para que o espaço ficasse mais bonito. Como uma fome, me dava. Mas uma fome de ver, não de comer. Sentava na sala toda arrumada, tapete escovado, cortinas lavadas, cestas de frutas, vasos de flores - acendia um cigarro e ficava mastigando com os olhos a beleza das coisas limpas, ordenadas, sem conseguir comer nada com a boca, faminto de ver. À medida que a casa ficava mais bonita, eu me tornava cada vez mais feio, mais magro,
olheiras fundas, faces encovadas. Porque não conseguia dormir nem comer, à espera dele. Agora, agora vou ser feliz, pensava o tempo todo numa certeza histérica. Até que aquele cheiro de alecrim, de hortelã, começasse a ficar mais forte, para então, um dia, escorregar que nem brisa por baixo da porta e se instalar devagarinho no corredor de entrada, no sofá da sala, no banheiro, na minha cama. Ele tinha chegado. Esses ritmos, só descobri aos poucos. Mesmo o cheiro de hortelã e alecrim, descobri que era exatamente esse quando encontrei certas ervas numa barraca de feira. Meu coração disparou, imaginei que ele estivesse por perto. Fui seguindo o cheiro, até me curvar sobre o tabuleiro para perceber: eram dois maços verdes, a hortelã de folhinhas miúdas, o alecrim de hastes compridas com folhas que pareciam espinhos, mas não feriam. Perguntei o nome, o homem disse, eu não esqueci. Por pura vertigem, nos dias seguintes repetia quando sentia saudade: alecrim hortelã alecrim hortelã alecrim...

Antes, antes ainda, o pressentimento de sua visita trazia unicamente ansiedade, taquicadias, aflição, unhas roídas. Não era bom.Eu não conseguia trabalhar, ir ao cinema, ler ou afundar em qualquer outra dessas ocupações banais que as pessoas como eu têm quando vivem. Só conseguia pensar em coisas bonitas para a casa, e em ficar  bonito eu mesmo para encontrá-lo. A ansiedade era tanta que eu enfeiava, à medida que os dias passavam. E, quando ele enfim chegava, eu nunca tinha estado tão feio. Os dragões não perdoam a feiúra. Menos ainda a daqueles que honram com sua rara visita. Depois que ele vinha, o bonito da casa contrastando com o feio do meu corpo, tudo aos poucos começava a desabar. Feito dor, não alegria. Agora agora agora vou ser feliz, eu repetia: agora agora agora. E forçava os olhos pelos cantos para ver se encontrava pelo menos o reflexo de suas escamas de prata esverdeadas, luz fugidia, a ponta em seta de sua cauda pela fresta de alguma porta ou a fumaça de suas narinas, cujas cores mudavam conforme seu humor. Que era quase sempre mau, e a fumaça, negra. Naqueles dias, enlouquecia cada vez mais, querendo agora já urgente ser feliz. Percebendo minha ânsia, ele tornava-se cada vez mais remoto. Ausentava-se, retirava-se, fingia partir. Rarefazia seu cheiro de ervas até que não passasse de uma suspeita verde no ar. Eu respirava mais fundo, perdia o fôlego no esforço de percebê-lo, dia após dia, enquanto flores e frutas apodreciam nos vasos, nos cestos, nos cantos. Aquelas mosquinhas negras miúdas esvoaçavam em volta delas, agourentas. Tudo apodrecia mais e mais, sem que eu percebesse, doído do impossível que era tê-lo. Atento somente à minha dor, que apodrecia também, cheirava mal. Então algum dos vizinhos batia à porta para saber se eu tinha morrido e sim, eu queria dizer, estou apodrecendo lentamente, cheirando mal como as pessoas banais ou não cheiram quando morrem, à espera de uma felicidade que não chega nunca. Eles não compreenderiam, ninguém compreenderia. Eu não compreendia, naqueles dias - você compreende?

Os dragões, já disse, não suportam a feiúra. Ele partia quando aquele cheiro de frutas e flores e, pior que tudo, de emoções apodrecidas tornava-se insuportável. Igual e confundido ao cheiro da minha felicidade que, desta e mais uma vez, ele não trouxera. Dormindo ou acordado, eu recebia sua partida como um súbito soco no peito. Então olhava para cima, para os lados, à procura de Deus ou qualquer coisa assim - hamadríades, arcanjos, nuvens radioativas, demônios que fossem. Nunca os via. Nunca via nada além das paredes de repente tão vazias sem ele. Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte. Dunas, geleiras, estepes. Nunca mais reflexos esverdeados pelos cantos, nem perfume de ervas pelo ar, nunca mais fumaças coloridas ou formas como serpentes espreitando pelas frestas de portas entreabertas. Mais triste: nunca mais nenhuma vontade de ser feliz dentro da gente, mesmo que essa felicidade nos deixe com o coração disparado, mãos úmidas, olhos brilhantes e aquela fome incapaz de engolir qualquer coisa. A não ser o belo, que é de ver, não de mastigar, e por isso mesmo também uma forma de desconforto. No turvo seco de uma casa esvaziada da presença de um dragão, mesmo voltando a comer e a dormir normalmente, como fazem as pessoas banais, você não sabe mais se não seria preferível aquele pantanal de antes, cheio de possibilidades - que não aconteciam, mas que importa? - a esta secura de agora. Quando tudo, sem ele, é nada. Hoje, acho que sei. Um dragão vem e parte para que seu mundo cresça? Pergunto - porque não estou certo - coisas talvez um tanto primárias, como: um dragão vem e parte para que você aprenda a dor de não tê-lo, depois de ter alimentado a ilusão de possuí-lo? E para, quem sabe, que os humanos aprendam a forma de retê-lo, se ele um dia voltar? Não, não é assim. Isso não é verdade Os dragões não permanecem. Os dragões são apenas a anunciação de si próprios. Eles se ensaiam eternamente, jamais estréiam. As cortinas não chegam a se abrir para que entrem em cena. Eles se esboçam e se esfumam no ar, não se definem. b aplauso seria insuportável para eles: a confirmação de que sua inadequação é compreendida e aceita e admirada, e portanto - pelo avesso, igual ao direito - incompreendida, rejeitada, desprezada. Os dragões não querem ser aceitos. Eles fogem do paraíso, esse paraíso que nós, as pessoas banais, inventamos - como eu inventava uma beleza de artifícios para esperá-lo e prendê-lo para sempre junto a mim.

Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia. Quando volto a pensar nele, nestas noites em que dei para me debruçar à janela procurando luzes móveis pelo céu, gosto de imaginálo voando com suas grandes asas douradas. solto no espaço, em direção a todos os lugares que é lugar nenhum. Essa é sua natureza mais sutil, avessa às prisões paradisíacas que idiotamente eu preparava com armadilhas de flores e frutas e fitas, quando ele vinha. Paraísos artificiais que apodreciam aos poucos, paraíso de eu mesmo - tão banal e sedento - a tolerar todas as suas extravagâncias, o que devia lhe soar ridículo, patético e mesquinho. Agora apenas deslizo, sem excessivas aflições de s feliz. As manhãs são boas para acordar dentro delas, beber café, espiar o, tempo. Os objetos são bons de olhar para eles, sem muitos sustos, porque são o que são e também nos olham, com olhos que nada pensam. Desde que o mandei embora, para que eu pudesse enfim aprender a grande desilusão do paraíso, é assim que sinto: quase sem sentir. Resta esta história que conto, você ainda está me ouvindo? Anotações soltas sobre a mesa, cinzeiros cheios, copos vazios e este guardanapo de papel onde anotei frases aparentemente sábias sobre o amor e Deus, com uma frase que tenho medo de decifrar e talvez, afinal, diga apenas qualquer coisa simples feito: nada disso existe. E esse nada incluiria o amor e Deus, e também os dragões e todo o resto, visível ou invisível.

Nada, nada disso existe.
Então quase vomito e choro e sangro quando penso assim. Mas respiro fundo, esfrego as palmas das mãos, gero energia de mim.. Para manter-me vivo, saio à procura de ilusões como o cheiro das ervas ou reflexos esverdeados de escamas pelo apartamento e, ao encontrá-los, mesmo apenas na mente, tornar-me então outra vez capaz de afirmar, como num vício inofensivo: tenho um dragão que mora comigo. E, desse jeito, começar uma nova história que, desta vez sim, seria totalmente verdadeira, mesmo sendo completamente mentira. Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se transforma numa espécie de modesta alegria, tarde da noite, sozinho neste apartamento no meio de uma cidade escassa de dragões, repito e repito este meu confuso aprendizado para a criança-eu-mesmo sentada aflita e com frio nos joelhos do sereno velho-eu-mesmo:
- Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce.
Não, isso também não é verdade.

domingo, 12 de setembro de 2010

Eu realmente gostaria de fazer sentido!

Consigo ver perfeitamente o estranhamento que causo em algumas pessoas. Essa intensidade desmedida choca, e gera dúvidas acerca da autenticidade de tudo que eu sinto. Mas eu sinto. E sinto muito, tanto que chega a parecer que é mentira, encenação, que eu não sinto absolutamente nada. É como um vício, como se eu estivesse sempre procurando um motivo pra sair da normalidade, do stand by, pra transcender a vida comum e os sentimentos amenos. É como se eu me forçasse a apaixonar-me toda semana, e sempre por um novo alguém. Eu chego ao cúmulo de quase-inventar histórias, quando encontro dificuldade em vivê-las de verdade. Mas eu as invento de forma tão convincente que a maioria delas se transcreve na minha vida, nos meus dias.

Não confunda o que faço com o que sou. Não confunda o que escrevo com o que digo. Não confunda o que digo com o que faço. As decepções podem ser irreparáveis

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Você tem que viver..

Você tem que voar, conseguir escapar. Procurar um lugar longe desse inverno tão frio.
Você tem que viver, tem que saber perder. Você tem que viver nesse mundo tão vazio.

domingo, 5 de setembro de 2010

Jamais esqueça!

As 4 da madrugada de um sábado vazio regado por coca cola e muito frio, com a tv ligada, assistindo a videos de histórias que eu gostaria que fossem a minha, olhando pra rua monotona buscando inspiração pra escrever  algo que você  possa ouvir e ai então gostar, se lembrar, se viciar em mim, e mesmo que nada disso aconteça, eu espero que jamais esqueça essa canção, essa canção que foi feita pra você!

Todo mundo é uma ilha

Hey mãe,
eu tenho uma guitarra elétrica 
durante muito tempo isso foi tudo 
que eu queria ter

mas, hey mãe!
alguma coisa ficou pra trás 
antigamente eu sabia exatamente o que fazer

hey mãe,
tenho uns amigos tocando comigo 
eles são legais, além do mais, 
não querem nem saber 
mas agora, lá fora, 
todo mundo é uma ilha 
a milhas e milhas e milhas de qualquer lugar

nessa terra de gigantes 
(eu sei, já ouvimos tudo isso antes) 
a juventude é uma banda 
numa propaganda de refrigerantes

as revistas 
as revoltas 
as conquistas da juventude 
são heranças 
são motivos 
pr'as mudanças de atitude 
os discos 
as danças 
os riscos da juventude 
a cara limpa 
a roupa suja 
esperando que o tempo mude

nessa terra de gigantes 
(tudo isso já foi dito antes) 
a juventude é uma banda 
numa propaganda de refrigerantes

hey mãe,
já não esquento a cabeça 
durante muito tempo isso foi 
só o que eu podia fazer 
mas, hey mãe! 
por mais que a gente cresça 
há sempre coisas que a gente 
não pode entender

hey mãe,
só me acorda quando o sol tiver se posto 
eu não quero ver meu rosto 
antes de anoitecer 
pois agora lá fora

o mundo todo é uma ilha 
a milhas e milhas e milhas...

nessa terra de gigantes 
que trocam vidas por diamantes 
a juventude é uma banda 
numa propaganda de refrigerantes

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sou de um jeito que nem eu mesma entendo, me enlouquecendo, apaixonando a cada momento, e mudando, mudando de sentimentos, me fazendo pensar que aqueles antigos, ou na real, nem tão antigos assim apenas pensamentos passados não valeram nada, ou quase nada, mas eu sei estou errada! O que acontece é que o vento sopra em minha direção tão fortemente que me faz mudar. Eu acredito nisso e sigo em frente!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O mundo gira!

De uma hora pra outra todas as coisas podem mudar sua direção, alterar o caminho e você nem vai perceber, vai chorar, vai sorrir, vai gostar e até mesmo desgostar, vai querer voltar, parar, se escabelar, indagar... Porque é assim? Porque pra mim? Mas nem vai adiantar. Acredito que somos nós que trilhamos  nosso caminho, que qualquer minimo passo, palavra, até mesmo gesto, pode mudar todo um plano que já existia para você, por isso eu tanto prezo a teoria de 'fazer simplesmente o que você sente vontade de fazer', sem pensar no depois, no amanha, em tudo mais que pode vir, é dificil, as vezes você se sente inseguro, mas pra mim não ha plano mais seguro do que esse de se permitir avançar, arriscar, até mesmo errar, de sentir o prazer de superar algo, de perceber o quanto se é forte depois de ter pulado todos aqueles obstaculos, de ver que nada foi em vão, que cada pedacinho que se quebrou de mim e foi dificil pra caramba, me fez aprender, e no fim ver, mesmo que muitas das tentativas tenham sido frustradas eu fui até o fim, eu lutei pelo que eu quis, eu fiz de TUDO pra ser feliz!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Culpado: Inverno!

Te quero, estou cansada de esperar, te quero e essa busca intensa, inconstante vai me deixar falhar, eu já falhei, pois não era mais pra eu buscar, mas os dias estão sendo tão monótonos, dias em vão. NÃO! eu não gosto disso, a minha maior cede é de viver, cada segundo cada hora, CONSTANTEMENTE, e se a minha vontade pede você o que eu posso fazer?
A noite quando eu paro pra pensar eu acabo lembrando do teu olhar, dos momentos, momentos juntos...
Mas isso também me faz lembrar das tentativas e toda a frustração de perder, e ter que me auto consolar.  
E eu não desisto eu insisto que isso tudo é culpa do inverno, esse inverno frio, sombrio, eu preciso de CALOR acordar com um sol lindo na minha janela, dias de verão, mar que fortalece as suas, as minhas energias! 
Eu espero, eu desejo que eu esteja coberta de razão, pois é muito mais fácil esperar pela certa chegada do verão, a esperar  pela minha ilusória chegada ao seu coração.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Libelula

As vezes nao acredito, duvido, esqueço...
Que aquele cara lá de cima tá comigo ele sempre tá olhando por mim, ele não é qualquer, ele é o meu melhor amigo! 
Eu jamais vou desistir dos meus sonhos, jamais vou desistir do que eu quero, vou fazer tudo o que eu poder pra acontecer tudo o que espero! A minha vida eu vou VIVER, viver de verdade, vento no rosto liberdade, é isso que eu espero! 

"Esteja o meu destino onde estiver, eu vou buscar a sorte e SER FELIZ! ♪

sábado, 14 de agosto de 2010

Sexta 13

Qual é o problema comigo? Agora eu já não consigo nem chorar, cansei de esperar gastei minhas energias tentando te encontrar, eu olho pro lado, eu vejo, não ha mais nada aqui, nada pra me fazer sorrir, nada que possa fazer com que eu queira levantar e seguir. Me diz, já chega quando isso irá ter fim? me diz que isso vai passar, que essa dor você vai tirar de mim, me diz "não será assim até o fim"! É só mais uma sexta que vai chover dentro de mim, ha tanto frio lá fora pra ter me deixado assim? sem sentir nada mais, nada mais está aqui, e aqui eu me sinto tão perdida. Não cabe mais a mim entender porque as coisas estão andando assim, ou melhor, porque elas não estão andando, a carruajem parou de trilhar o meu caminho, ela está parada, e não ha mais nada que eu possa falar, que eu possa fazer, eu devo confessar se é isso que você queria ouvir, eu estou cansada, CANSADA de lutar. E ai eu me pergunto quantas sextas 13 ainda estão por vir?


"Estou de volta ao meu inferno pessoal
Por muito tempo achei que isso era normal
Estou de volta onde tudo começou...


Ahhhhhh quanto mais
Eu posso suportar
Já não sei o que fazer
Pra nunca mais voltar para o início outra vez!" 

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tanto tempo...

Eu estive por tanto tempo, tão carente que pensei até ter encontrado aquele sentimento tão sublime nos braços do meu inimigo, ele não era meu amigo. Pra mim ele era vazio, vazio como eu, não tinha nada pra me oferecer, por mais que eu estivesse disposta a roubar qualquer minimo restigio de sutileza,uma pista qualquer em algum lugar sobre migalhas de amor, e lá estava eu a procurar, quase a implorar, pelo que você jamais poderia me dar, tão pouco tempo e eu já cansei de buscar, desde o principio eu sentia que não iria achar, mesmo assim não cansava de percorrer aquele mesmo caminho, desde o dia em que te conheci, não sei que ventos me trouxeram a ti. De mim saltavam aquelas palavras que não eram eu, aquele jeito que não era meu, pra te impressionar, no fim eu sabia, nada daquilo adiantava, eu sabia como o vento que te trouxe, ele também te afastava.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mais perto do limite.

A cada ponto, a cada letra, virgula que escrevia, que falava, que sentia, chegava mais perto do fim, e não posso dizer que era o nosso fim já que o nós parece estranho quando é referencia de nós dois, quando pra você fomos "nós" apenas por dois dias e uma noite, enquanto em mim o nós insiste, persiste, então digo com meus passos fui chegando mais e mais perto do meu limite, eu andei até isso com a cede de alguem perdido no deserto, eu corri para isso certa de estar no devido caminho, sem nunca ter passado por lá, eu podia sentir o aroma da vitória e ele tinha o seu perfume! Eu parecia estar certa, eu me iludia sozinha, eu tentava sozinha, eu corria sozinha, e eu cheguei sozinha, ao meu limite ele esta aqui, e ele me diz, não ha mais espaço pra sentir, ele esta sem tempo pra te ouvir, chegou a hora de criar o ultimo refrão dessa historia, acabou agora e no final não ha nenhuma glória.

One day maybe we'll meet again! 



Depois de algum tempo guardando meus pensamentos/sentimentos em uma parta no windows, resolvi compartilhar. "Histórias nossas histórias, dias de luta, dias de glória!"