quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aquilo que você não sabe responder




E se eu pudesse te fazer sentir a minha falta?
E se eu pudesse te fazer mais feliz?
E se dessa vez eu fizesse a coisa certa? 


Quanto há de mentira em tuas palavras?
O que você esconde atrás dessa linha de proteção? Aliás, qual o motivo de tanta proteção?
No que você está pensando quando fica parado me olhando? 


Por algum momento já parou pra pensar o quanto uma brincadeira pode machucar? 


Polícia ou ladrão?
Se importa ou finge se importar?
Mexe com fogo por não ter medo de se queimar, ou por que não pode evitar? 


Seria inconsequente assim mesmo que isso fosse ME machucar? 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

É que estava engasgado


Eu só queria te dizer que já sabia que você iria embora.
Te lembrar de quando eu previ como tudo iria acabar,
de quando eu te contei como tudo sempre acaba pra mim.
E olhando em meus olhos quase me fez acreditar que dessa vez não seria assim. Tão doce.

Eu poderia ter escrito exatamente como tudo aconteceu, há dois meses atrás.


Ainda lembro da tua convicção ao me dizer que estava errada.
Que o Romeu era você, e tudo seria diferente.
Um belo clichê...

Que ainda tinha muita história pra gente,
Que todas as noites ia me ligar, em todos os dias iriamos nos falar.

Faria minhas manhãs felizes parecendo se importar.
E eu cantaria para te ver sorrir, e me dizer que a cada dia se surpreende.

No fundo eu tinha esperança de escrever algo feliz sobre a gente.
Eu esperava que durássemos pelo menos mais cinco meses.

domingo, 1 de abril de 2012

Sentimentos dispersos



Deixei o tempo passar sem escrever, e então tudo foi se misturando. 
Hoje eu queria escrever sobre a solidão de domingo. Ontem eu queria escrever sobre a hipocrisia  humana, semana passada sobre a minha dificuldade em dizer adeus, semana retrasada sobre como perder pode fazer parte de uma rotina natural..


Eram tantos os assuntos para desenvolver, que acabei silenciando.
Tentei algumas vezes começar, tudo bonitinho, até que desandou. Me perdi no caminho, e não consegui terminar. Eu não sei dizer tchau, eu não sei por ponto final.


É sempre confuso tentar entender se era aquilo que eu realmente queria. Porque hoje eu quero, amanhã não quero, depois de amanhã te quero. 
Como se vida fosse a margarida e as pétalas fossem os dias que alternam entre bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, até chegar ao final.


Foi em meio a todos esses inícios interrompidos que pude ver, não aprendi a perder. Se eu te peço pra ir embora, passa um tempo e já procuro uma forma de te ver voltar. Com muito mais vontade do que se tivesse te deixado ficar.


É que por mais que os finais sejam todos iguais, há sempre um certo receio de mergulhar em águas desconhecidas.