quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Nostalgia



Saudade daquela velha banda que acabou, e também daquela que ainda persiste mas mudou.
Saudade do ensino médio, dos amigos da escola, e até das festinhas daquela época.
Saudade de ter tempo pra andar de bicicleta, de skate, de dormir, ou simplesmente, de assistir a sessão da tarde.
Saudade de quando, do mundo, eu ainda não havia visto tanta maldade, nem tanta gente se perder assim.
Saudade de quando eu acreditava que amor era sinônimo de sinceridade, e que quem o sentisse não seria capaz de mentir, nem de trair.
Saudade de quando eu não tinha dúvidas de que as pessoas levavam pelo menos alguns princípios consigo, como: cumplicidade, amizade, tolerância...
Saudade de quando te conheci e ainda não sabia que nós jamais ficaríamos juntos.
Saudade de gente que carrega a verdade de uma criança no olhar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ele é tão torto


E eu gosto de cada centímetro já envergado da sua coluna.

Quer saber? acho artística a forma despojada dos teus dentes espaçados.

Às vezes me perco hipnotizada pelo teu olho grande, castanho, e mais redondo que o normal.

Morro de inveja de cada fio preto espalhado pelo teu rosto, teus braços, só porque você não pode tirá-los da sua vida por mais de um dia.

Eu admiro o teu caminhar atrapalhado, e até o teu desinteresse em trocar de roupa.

Tá bom, eu confesso, por vezes quis ser aquela camiseta preta do Strokes só pra você me escolher e esquecer de trocar.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tempestade



Pingou na nossa primeira troca de olhares,
Gotejou quando começamos a nos encontrar,
Conversamos e então choveu,
Nos beijamos e o temporal se estabeleceu.

Desde então não parou de chover, de ventar, de trovejar,
os raios foram tão precisos que derrubaram algumas árvores de esperança.
Mas o vento, mesmo forte, ainda não foi capaz de apagar da lembrança.

São tantas horas, dias e meses de temporal, que um mar já se formou entre nós.

E eu aqui do outro lado da sala, clamando por ajuda antes que inunde nessa paixão.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mais do mesmo



Tento me distrair com outras coisas
e por alguns minutos elas até cumprem o seu propósito,
mas no final não adianta, o meu foco não desvia de você.

Procuro outras pessoas nos finais de semana,
mas não encontro razão para te esquecer.

Tento seguir teus passos,
mas você foge sem deixar rastros,
e eu não sei o porquê.

Por que gasto meu tempo imaginando tantas coisas
que você nunca vai poder se quer, saber

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ah seu moço



Um segundinho só seu moço,
eu vou voar até ali no céu,
ôce não se apresse em preencher esse lugar,
eu não me demoro não,
e juro volto pra te buscar.

sábado, 25 de agosto de 2012

Querer o que não pode ter


Ela, que se perde e descontrola, não encontra a chegada, não sabe o que fazer, e acaba sozinha no mesmo lugar, no mesmo quarto, ouvindo as mesmas canções, sobre os velhos assuntos.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Assim complica


Se eu entro, você sai. Se eu chego, você vai. Se eu te encontro, você me perde. Atravesso a rua pra gente se cruzar, e você muda pro lado de lá. Tomei coragem para te enfrentar, você não quis brigar. Te chamei pra conversar, você estava ocupado demais pra falar. Guardou meu número no celular, mas nunca te ouvi ligar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desculpa Esfarrapada



Não que estivesse esperando por você,
não durmo cedo e disso todo mundo sabe.

Não que estivesse esperando você ligar,
te dei meu número mas era pra caso cê precisasse.

Não que estivesse com ciúme,
só achava que você merecesse mais do que ela poderia oferecer.

Não que estivesse querendo forçar um encontro,
só tive vontade de tomar café ao mesmo tempo que você.

Não que estivesse com medo de bater na tua porta parecendo desesperada em uma dessas madrugadas frias,
só nunca fui boa em gravar endereços, por isso não quis saber o da tua casa.

Não que sentisse raiva de quem demonstra que te quer,
só porque eu não consigo.

Mas ao entrar no elevador, mesmo com o coração ardendo, respirava aliviada, por não transparecer, não falar, e nem fazer nada do que gostaria de ter feito.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Covarde!




Sim é mesmo verdade, quem sabe seja eu um grande covarde. Por não saber como mostrar quem realmente está aqui.
Só se você tiver tempo o bastante para sentar e escutar, é que vai poder enxergar os motivos, as vontades, os sonhos, as bobagens, as loucuras e as verdades que me movem de lugar.

Nenhuma atitude faz sentido, nem o modo de vestir, de falar ou de sorrir. Os caminhos que percorri, os olhares que senti. Nenhum, ninguém foi capaz de ultrapassar a cortina que ofusca e retrai qualquer vestígio de valor que pudesse te interessar.

Seria mais fácil se não estivesse assim tão perdida, involuntariamente maquiando o que sente, e o que quer. É por medo? proteção? falta de atitude? comodidade? falta de personalidade?
O que falta? Pequeno passarinho, o que te prende nesse ninho e te impede de voar?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Desligada e atrapalhada



Se for água, vou virar.
Se for sorvete, vai nos lambuzar.
Se for conversar, as palavras vão trancar,
eu sei, vou desistir de falar.

Quando for dançar vou escorregar.
Quando tentar te impressionar, vou errar.
Se você me olhar, eu nunca vou saber te encarar.

Se provocar um encontro, não vai acontecer.
Se te encontrar no café, vou derrubar ele em você.

Se te escrever uma canção, ela vai falar só sobre mim,
e não é por egoísmo.
Mas porque na nossa história,
Só eu que participo.

sábado, 23 de junho de 2012

Ser melhor



Dessa vez eu quero aprender a ser melhor.
Depois de muitas perdas e certos erros, pude entender, algo se perdeu no caminho.
Tô buscando um outro sorriso, um outro olhar.
Mais puro.

domingo, 3 de junho de 2012

Na contramão




Eu ouvi os seus acordes e confiei na sua canção,
acreditei que houvesse verdade no seu coração.

Eu construí minha jangada e remei forte para atravessar o rio,
andei quilômetros de bicicleta, e vi você correr em outra direção.

Eu decorei a sua música preferida e te apresentei,
você não ouviu, nem me viu.

Eu pulei o portão, andei por vielas escuras na madrugada fria,
quando cheguei na tua casa, a porta estava trancada, e a casa vazia.

Eu ensaiei as nossas falas, tinha um script de uma hora,
você estava tão apressado que não pode nem me abraçar, muito menos conversar.

Para você eu arrumei a casa, o corpo, e organizei a vida,
você não me mandou nem um bilhete de despedida.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Replay


Mais uma vez chegou a hora de recuar.
Como foi a um ano atrás, e praticamente pelos mesmos motivos.
Andei em círculos parando de novo no mesmo lugar, por vontade própria.
Inventei desculpas para cada passo em sua direção.
Atestei minha falta de controle, sobre o coração.


"Só quero que você se vá pra o mais distante da minha vida que você possa caminhar".

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Hoje eu sonhei com você


Involuntariamente sonhei que você tinha voltado arrependido, desejando nunca ter partido.
No sonho, como de costume, tua chegada enchia a casa de flores, aromas do campo, e sorrisos infantis.

Como de costume, tudo mudava com a sua chegada, que marcava a construção de um mundo mais bonito pra eu viver.

No sonho, eu nem fiz muitas perguntas sobre o motivo da tua partida, só pra não te cansar. Afinal, desde que você foi embora, tudo o que eu queria era te ver voltar. Trazendo flores, aromas e sorrisos outra vez.

Sonhar com você me fez sufocar na hora em que o relógio despertou, me fazendo ver que tudo não passará de um sonho.
Quase não consegui acordar.
Será que algum dia desses você volta e me surpreende?

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O mesmo caminho


Hoje enquanto fazia aquele mesmo longo caminho de todas às quintas, 19 horas, dessa vez bem acompanhada por On The Road. Lembrei do entusiasmo que já tive ao fazer esse mesmo trajeto, nesse mesmo horário.

A necessidade que tinha de observar tudo o que acontecia fora da minha janela. Observava tudo, mas na verdade sem muita atenção. Na verdade, mentalizava o futuro, observando o presente.

Hoje lembrei que havia feito pedidos e planos para este ano, e que eles ainda não se realizaram.

Será por isso que hoje já nem olho pela janela?
Pra não correr o risco de sonhar, mentalizar e planejar mais coisas que não vou ser capaz de realizar?

(Uma semana depois me pergunto, por que escolhi esse caminho?).


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aquilo que você não sabe responder




E se eu pudesse te fazer sentir a minha falta?
E se eu pudesse te fazer mais feliz?
E se dessa vez eu fizesse a coisa certa? 


Quanto há de mentira em tuas palavras?
O que você esconde atrás dessa linha de proteção? Aliás, qual o motivo de tanta proteção?
No que você está pensando quando fica parado me olhando? 


Por algum momento já parou pra pensar o quanto uma brincadeira pode machucar? 


Polícia ou ladrão?
Se importa ou finge se importar?
Mexe com fogo por não ter medo de se queimar, ou por que não pode evitar? 


Seria inconsequente assim mesmo que isso fosse ME machucar? 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

É que estava engasgado


Eu só queria te dizer que já sabia que você iria embora.
Te lembrar de quando eu previ como tudo iria acabar,
de quando eu te contei como tudo sempre acaba pra mim.
E olhando em meus olhos quase me fez acreditar que dessa vez não seria assim. Tão doce.

Eu poderia ter escrito exatamente como tudo aconteceu, há dois meses atrás.


Ainda lembro da tua convicção ao me dizer que estava errada.
Que o Romeu era você, e tudo seria diferente.
Um belo clichê...

Que ainda tinha muita história pra gente,
Que todas as noites ia me ligar, em todos os dias iriamos nos falar.

Faria minhas manhãs felizes parecendo se importar.
E eu cantaria para te ver sorrir, e me dizer que a cada dia se surpreende.

No fundo eu tinha esperança de escrever algo feliz sobre a gente.
Eu esperava que durássemos pelo menos mais cinco meses.

domingo, 1 de abril de 2012

Sentimentos dispersos



Deixei o tempo passar sem escrever, e então tudo foi se misturando. 
Hoje eu queria escrever sobre a solidão de domingo. Ontem eu queria escrever sobre a hipocrisia  humana, semana passada sobre a minha dificuldade em dizer adeus, semana retrasada sobre como perder pode fazer parte de uma rotina natural..


Eram tantos os assuntos para desenvolver, que acabei silenciando.
Tentei algumas vezes começar, tudo bonitinho, até que desandou. Me perdi no caminho, e não consegui terminar. Eu não sei dizer tchau, eu não sei por ponto final.


É sempre confuso tentar entender se era aquilo que eu realmente queria. Porque hoje eu quero, amanhã não quero, depois de amanhã te quero. 
Como se vida fosse a margarida e as pétalas fossem os dias que alternam entre bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, até chegar ao final.


Foi em meio a todos esses inícios interrompidos que pude ver, não aprendi a perder. Se eu te peço pra ir embora, passa um tempo e já procuro uma forma de te ver voltar. Com muito mais vontade do que se tivesse te deixado ficar.


É que por mais que os finais sejam todos iguais, há sempre um certo receio de mergulhar em águas desconhecidas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O esconderijo que nunca tive quando criança


Que falta me faz aquele esconderijo que eu nunca tive quando criança.
Por que se um dia eu tivesse encontrado aquele cantinho entre as rochas na beira da praia, o escombro da casa abandonada no fim da rua, ou pelo menos tivesse construído uma casa na árvore.
Agora, eu correria pra lá!

Prepararia a minha mochila com bolachas, suco, chocolate e uma lanterna. Pegaria meu travesseiro e um cobertor. Uma maçã quem sabe.. E correria pra lá, e fugiria de tudo o que é humano. Não deixaria rastros, nem endereço.

Sei que por todo o tempo em que estivesse lá, me sentiria segura, pois não teria riscos, nem escolhas a fazer.

Humanos: tão feios, tão frios, tão falsos, tão perdidos, tantos jogos, tantas mentiras,tanta covardia, tanta insegurança, quanta vingança, quanta melancolia, transbordando vazio.

Em milhões, são tão poucas as pessoas interessantes. Confesso, eu preferia viver lá, no esconderijo que nunca encontrei. E quem pensa que não aguentaria a solidão. Esse, nunca deve ter se sentido sozinho em meio a multidão.

Ah se eu tivesse achado o meu esconderijo, agora eu correria pra lá, e iria esperar algum dia, alguem me encontrar.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Disco rígido


Faz algum tempo que não tolero ninguém ocupando espaço em vão nesse disco rígido dentro de mim. Por muitos denominado, coração.
O máximo concedido é um espaço na memória, se for boa lembrança.

Pode parecer frieza, mas não é, eu sinto, sinto muito, sinto forte.
Pode parecer proteção, mas na verdade é escancarado, é intenso, é destemido.

Só não é insistente, se entedia facilmente, e como bom marinheiro, levanta âncora em busca de outro cais.

Sem apego, Sem roteiro, Sem amor.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Nada complexo nem complicado


Vamô ser feliz? F E L I Z assim nada complexo nem complicado, podemos deixar o glamour de lado, e o resto do mundo também.

SIMPLESmente felizes, porque o SIMPLES é bonito, porque o simples pode ser muito, ou melhor, pode ser a medida certa pra nossa felicidade.

Vamos ser felizes, sem se importar com mais nada, sem se importar com quem vai ler, com quem vai pensar, com quem  vai nos ver, SIMPLESmente sem se importar.
Apenas vamos ser felizes e amar, amar incondicionalmente, sem pensar no quanto vai durar, em quanta dor pode causar.

Um dia vamos ser felizes, esquecendo do passado que pode nos restringir algum gesto, alguma palavra. O passado que nos faz pecar ao comparar pessoas, essas que por natureza são tão diferentes.
Vamos ser felizes como se fossemos crianças, como se ainda não tivéssemos vivido, não tivéssemos experimentado, como se nunca tivéssemos nos machucado.

Como se não soubéssemos o que é o amor, como se nunca tivéssemos amado, vamos ser felizes...

Vamos ser felizes por ter alguem para nos fazer companhia, estar sempre perto, ter cuidado.

Vamos ser felizes por tocar violão nas tardes de domingo, por assistir filme em dia de frio, por compartilhar nossos problemas e angustias descomplicando-as, por andar de mãos dadas em tarde de sol, rindo, tropeçando, brincando.

Vamos ser felizes pra poder provar qual o gosto da felicidade, e também para eu te mostrar que sempre há um jeito de recomeçar.
É que sabe, eu acredito que se nos entregarmos podemos mesmo ser felizes e novamente nos encontrar.


sábado, 14 de janeiro de 2012

Happy Birthday to me!

 

Eu, adolescente cheia de sonhos, inconsequente. Eu, uma criança carente. Eu, um adulto que não sabe e não quer crescer. Minhas responsabilidades já bateram a porta, sou capaz de responder por todas que me cabem, deixar coisas pela metade não faz parte de mim. Eu, uma velha vivendo em estado de nostalgia. Sou todas essas, bipolarmente alterada.

São apenas 18 anos, em que fui palco para uma porção de gente entrar e sair da minha vida, deixar marcas alegres e tristes, onde plantaram bons e maus momentos. Alguns livros, MUITAS músicas, histórias, fases diferentes que alternavam junto com as mudanças de razões, pensamentos, opiniões. Nuvens pesadas, tempestade, amores incorrespondidos, falta de sentimento, o abismo que seduz, a força que renasce para procurar uma forma de lidar com tudo isso. Também algumas cicatrizes, imperceptíveis por qualquer estranho.

18 anos onde vivi e aproveitei até onde minhas pernas alcançaram. E no dia de hoje ouço uma nova fase gritando por liberdade.

Mas a liberdade que chama agora é diferente, é sedutora, chama para o proibido, o fora da lei, o perigo. Mais do que o ano novo, esse é o período em que sameei novas espectativas mesmo que involuntariamente, só espero que não sejam arruinadas, afinal não há nada de tão lúdico assim.

Engraçado que todo ano tem algo exatamente igual, o egocentrismo que me domina nessa época e me faz pensar que deveria ser o centro do universo no dia 14 de janeiro, e que ninguém esqueça disso ou tente ofuscar, a alegria que me domina pouco antes do tão esperado dia. Mas sabe, também me sinto um pouco mais responsável e segura.

Que seja doce, hoje, amanhã e sempre!

When she was just a girl
She expected the world