quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desculpa Esfarrapada



Não que estivesse esperando por você,
não durmo cedo e disso todo mundo sabe.

Não que estivesse esperando você ligar,
te dei meu número mas era pra caso cê precisasse.

Não que estivesse com ciúme,
só achava que você merecesse mais do que ela poderia oferecer.

Não que estivesse querendo forçar um encontro,
só tive vontade de tomar café ao mesmo tempo que você.

Não que estivesse com medo de bater na tua porta parecendo desesperada em uma dessas madrugadas frias,
só nunca fui boa em gravar endereços, por isso não quis saber o da tua casa.

Não que sentisse raiva de quem demonstra que te quer,
só porque eu não consigo.

Mas ao entrar no elevador, mesmo com o coração ardendo, respirava aliviada, por não transparecer, não falar, e nem fazer nada do que gostaria de ter feito.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Covarde!




Sim é mesmo verdade, quem sabe seja eu um grande covarde. Por não saber como mostrar quem realmente está aqui.
Só se você tiver tempo o bastante para sentar e escutar, é que vai poder enxergar os motivos, as vontades, os sonhos, as bobagens, as loucuras e as verdades que me movem de lugar.

Nenhuma atitude faz sentido, nem o modo de vestir, de falar ou de sorrir. Os caminhos que percorri, os olhares que senti. Nenhum, ninguém foi capaz de ultrapassar a cortina que ofusca e retrai qualquer vestígio de valor que pudesse te interessar.

Seria mais fácil se não estivesse assim tão perdida, involuntariamente maquiando o que sente, e o que quer. É por medo? proteção? falta de atitude? comodidade? falta de personalidade?
O que falta? Pequeno passarinho, o que te prende nesse ninho e te impede de voar?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Desligada e atrapalhada



Se for água, vou virar.
Se for sorvete, vai nos lambuzar.
Se for conversar, as palavras vão trancar,
eu sei, vou desistir de falar.

Quando for dançar vou escorregar.
Quando tentar te impressionar, vou errar.
Se você me olhar, eu nunca vou saber te encarar.

Se provocar um encontro, não vai acontecer.
Se te encontrar no café, vou derrubar ele em você.

Se te escrever uma canção, ela vai falar só sobre mim,
e não é por egoísmo.
Mas porque na nossa história,
Só eu que participo.