Só a escrita me liberta
do vazio e da dor da incompreensão.
A escrita me liberta de uma passagem fugaz por esse mundo,
com ela, e muitas vezes, só com ela, posso me fazer entender.
Mais que isso, ela consegue mostrar ao mundo o que o meu silencio tem a dizer.
Só ela é capaz de amenizar o abismo que a falha da minha voz perpetua.
Milhares de ondas sonoras me recusei a emanar calando gritos,
mas a velocidade do som que me desculpe, a força da minha voz protestante
encontra mesmo aconchego, é sendo transcrita nos livros dessa estante.
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