quarta-feira, 5 de junho de 2013

Inquietude



Inquietude deve ser aquilo que eu sinto durante à madrugada de domingo
esperando a segunda-feira chegar.
Ou então, às vezes em que verifico o celular na esperança de você me ligar.
Talvez seja a sensação estranha de estar em um carro parado no trânsito,
imaginando que seria mais rápido andar.

Inquietude deve ser ver você caminhar em outra direção
sem que eu possa desviar os teus trilhos.
Ou então, quem sabe seja, a fração de segundos em que eu perco
a oportunidade de dizer algo que possa te fazer ficar.
Talvez inquietude seja apenas o reflexo das vezes
em que eu me levanto para buscar café.

Inquietude pode ser a dor nos músculos do meu braço enquanto escrevo,
sem a menor chance de parar.
Ou então, pode ser os minutos que antecedem e me separam
do início de alguma atividade que gosto.
Talvez seja a força usada para quebrar algemas que prendem as asas,
que prendem a alma.

Inquietude deve ser a minha vontade de conquistar.
Ou então, os meses que já passaram e eu não consegui rimar.
Talvez a inquietude esteja mais para furor adolescente.

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